sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Telescópio Hubble: nossos olhos no céu.


Em 1946, um astrofísico chamado Dr. Lyman Spitzer (1914-1997) propôs que um telescópio no espaço revelaria imagens muito mais claras e de objetos mais distantes do que qualquer telescópio no solo.

(O principal problema ao observar a luz de estrelas distantes usando telescópios no solo é que a luz deve passar por toda a atmosfera terrestre.)

Essa era uma idéia impressionante levando-se em consideração que ainda não havia sido lançado sequer um foguete ao espaço. Conforme o programa espacial americano foi se desenvolvendo e se aprimorando nas décadas de 60 e 70, Spitzer tentou convencer a NASA e o Congresso Americano a desenvolverem um telescópio espacial. Em 1975, a Agência Espacial Européia (ESA) e a Nasa começaram a desenvolvê-lo. Em 1977, o Congresso aprovou fundos para o telescópio espacial, e a Nasa nomeou a Lockheed Martin Aerospace Company como a principal empreiteira a supervisionar a construção. Mais tarde, em 1983, o telescópio espacial recebeu seu nome em homenagem ao astrônomo americano Edwin Hubble, cujas observações de estrelas variáveis em galáxias distantes confirmou que o universo estava em expansão e apoiou a teoria do "Big Bang".

O Telescópio Espacial Hubble, o simplesmente Hubble, levou oito anos para ser construído, portaria 5 instrumentos científicos, mais de 400 mil peças e quase 42 mil quilômetros de fiação. O Hubble era 50 vezes mais sensível do que os telescópios no solo e tinha uma resolução 10 vezes melhor. Após um longo atraso, devido ao desastre do ônibus espacial Challenger, o Hubble entrou em órbita em 1990. Desde seu lançamento, o Hubble remodelou nossa visão do espaço, com cientistas escrevendo milhares de artigos científicos baseados nas descobertas do telescópio sobre coisas importantes como a idade do universo, buracos negros gigantes ou que estrelas parecem estar à beira da morte.

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