terça-feira, 5 de outubro de 2010

Como montar um clube de Ciências

Como montar um clube de Ciências

Geralmente o clube de Ciências funciona em horários alternativos e reúne estudantes de várias classes. Temas de estudo precisam ser claramente definidos para que os interessados se habilitem. Por mais informal que seja o clube, é bom manter um mínimo de organização. Uma ficha de inscrição dá conta do "quadro social". As atividades devem ser abertas a todos, mas recomenda-se a divisão por grupos: 1ª a 4ª série e 5ª a 8ª. "No nosso primeiro ano as crianças trabalhavam todas juntas e logo percebemos que as expectativas são diferentes", relata a professora Eunice Gavioli, da Escola Moppe, em São José dos Campos. "As mais novas têm menos paciência, querem projetos de resposta mais rápida." O ideal é que os conteúdos não sejam completamente independentes do que é ensinado em sala de aula, o que pode significar alguma adaptação do currículo. "A simples discussão de um novo projeto gera um tititi muito saudável na turma toda", garante Eunice. Ou seja, é uma boa chance de estimular a troca de informação entre os sócios do clube e os demais colegas.

Mito

Para montar um clube de Ciências, a escola precisa ter um bom laboratório, certo? Errado. Durante anos essa foi uma crença difundida. A realidade mostra que ela não é verdadeira. De que adianta ter equipamentos e não relacionar os conteúdos aos temas do cotidiano? Por isso, o que realmente importa é o foco na criação de projetos que interessem aos alunos.

O professor Jorge Machado classifica esse trabalho de educação científica. "Ao montar um clube, tome como base o trinômio ciência-tecnologia-sociedade. Não faz diferença ter acesso a um laboratório, porque as questões científicas não estão isoladas do contexto social, político e econômico dos estudantes." Ou seja, muito mais importantes do que a infra-estrutura são os objetivos de uma atividade como essa.

Fonte: Revista Nova Escola. Dipsonível em: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/barato-clube-ciencias-425888.shtml . Acesso em: 05 out. 2010.

Glycia Carla de Padua Leite

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